Um dos momentos mais empolgantes para o ovinocultor é o nascimento dos cordeiros, não acha? Mas não basta apenas ter empolgação, o controle de parição na ovinocultura é fundamental para garantir uma atividade de sucesso.
É importante registrar as informações que estão relacionadas ao parto para que com o acúmulo de dados seja possível trabalhar com a seleção das melhores matrizes e entender a atual situação da estação de parição.
Ao fazer este acompanhamento o ovinocultor passa a ser mais eficiente nos demais manejos dentro do ciclo de produção porque vai interpretar dados como: peso ao nascimento, vigor do cordeiro, tipo de parto, produção de leite da matriz e outros que entender ser interessante para o sistema de produção.
Com estes dados a tomada de decisão se torna muito mais assertiva e indica se o projeto está indo na direção correta.
Por exemplo, o peso ao nascimento está diretamente relacionado à condição nutricional das matrizes no terço final de gestação (vincular o assunto de análise de escore corporal), ao peso de desmame e também à mortalidade. Estudos mostram que cordeiros que nascem com menos de 3kg de peso vivo tem uma taxa de sobrevivência menor do que aqueles que nasceram mais pesados.
No caso do tipo de parto, se foi simples, duplo, triplo ou até quem sabe quádruplo (em raros acontecimentos) a propriedade pode passar a trabalhar com a seleção daquelas que apresentam parto duplo com alta taxa de sobrevivência dos cordeiros. Essa situação é interpretada pela prolificidade (número de cordeiros nascidos por matriz) que pode ser uma ótima ferramenta de seleção porque faz com que o plantel produza mais cordeiros com o mesmo número de matrizes. Porém não adianta ter alta ocorrência de partos múltiplos se o peso do nascimento é baixo e o índice de mortalidade é alto; no fim das contas irá produzir menos cordeiros do que o esperado.
É importante também criar uma rotina na coleta e registro destes dados porque isso tende a diminuir os erros de anotação ou coletar dados que não sejam reais, como por exemplo não ter o padrão na pesagem dos cordeiros. Ou seja, alguns foram pesados 7 dias pós parto e outros logo no dia do nascimento.
Por ter grande variedade de dados a serem coletados, começar com poucas variáveis ajuda no treinamento e precisão da equipe envolvida. Entenda quais são os desafios para registrar as informações, se tem um local apropriado para a contenção da matriz, balança de fácil acesso e, principalmente, rapidez e facilidade no momento de anotar os dados.
Criar uma sequência, como por exemplo, data de nascimento, número da matriz, tipo de parto, número do cordeiro, sexo e peso vivo já é o suficiente para dar mais segurança para os responsáveis deste manejo realizarem as ações.
Evoluir na gestão destes dados possibilita responder perguntas que sempre aparecem, como:
– qual reprodutor tem os cordeiros mais pesados?
– qual época do ano os animais apresentam maior peso ao nascimento?
– devo suplementar as matrizes no período de pré-parto?
– tem nascido mais macho do que fêmea?
E nada de papel e caneta na mão, desenvolvemos uma planilha completa para você fazer o controle de parição do seu rebanho. Preencha o formulário e faça o download da sua Planilha Para Controle de Parição!
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