07 out
Sem dúvida alguma a nutrição é a base da produção de ovinos, concorda?
Podemos afirmar isso com segurança porque de nada adianta uma genética de ponta se o animal não tem disponível uma dieta balanceada que possa suprir suas exigências nutricionais. Por falar em exigência nutricional, este termo é utilizado para definir qual a necessidade de nutrientes que o animal tem; dependendo do estado fisiológico que se encontra.
E se a estratégia usada na ovinocultura é a de fornecer a mesma dieta para todos os animais, ou a famosa quantidade mágica de 300g de concentrado por animal, é possível afirmar com toda certeza que o manejo de nutrição do plantel está custando caro. E nem é tanto pela dieta fornecida, mas sim pela relação de produtividade x investimento.
NUTRIÇÃO DE OVINOS POR CATEGORIA
Ao falar de nutrição, temos que abordar o tema das categorias e suas diferentes fases dentro do ciclo de produção, assim como a variação na exigência nutricional. Para ajudar nisso, veja o quadro abaixo:
| CATEGORIA | DESCRIÇÃO |
| Ovelha Vazia | Fêmea apta à reprodução |
| Ovelha Prenha | Fêmea prenha, com até 100 dias de gestação |
| Ovelha Pré-Parto | Fêmea prenha, entre 100 e 150 dias de gestação |
| Ovelha Recém Parida | Fêmea com até 30 dias pós parto |
| Ovelha Parida | Fêmea entre 30 e 90 dias pós parto |
| Reprodutor | Macho apto à reprodução |
| Cordeiro Recém Nascido | Macho/Fêmea com até 30 dias de idade |
| Cordeiro Mamada Controlada | Macho/Fêmea entre 30 e 90 dias de idade |
| Cordeiro engorda | Macho/Fêmea entre 90 e 150 dias de idade |
| Cordeiro Recria | Fêmea entre 150 e 240 dias de idade |
É importante entender as categorias existentes e trabalhar com divisões que melhor se encaixam dentro do sistema de produção, dependendo da disponibilidade da propriedade. Ao trabalhar desta maneira, o manejo nutricional do plantel se torna mais eficiente fazendo com que invista em alimentos de melhor qualidade para aquelas categorias que realmente necessitam.
Agora, acompanhe esta sequência de gráficos:
Este gráfico 1 mostra a comparação da exigência de NDT (índice para avaliação nutricional da dieta) de acordo com a fase fisiológica de uma ovelha, com uma dieta padrão que é fornecida para todo o rebanho. Nos momentos de maior demanda nutricional a dieta não consegue atender a exigência e isso faz com que a matriz não possa expressar seu máximo potencial genético. Provavelmente vai apresentar perda de escore corporal e como consequência será atacada pela verminose, que está ali de prontidão, você pode conferir tudo sobre verminoses no artigo: Controle de Verminose em Ovelhas.
No gráfico 2, que está acima, a comparação é entre proteína bruta (PB) e a dieta padrão fornecida para todo o rebanho. Neste cenário nota-se que durante maior parte do ciclo produtivo a dieta fornece níveis de proteína acima da exigência, o que pode causar perda de peso nos animais já que o animal tem gasto nutricional para poder excretar este excesso. Já na fase em que a ovelha está recém parida e demanda grande produção de leite, a dieta não consegue atendar a exigência; o que resulta em baixo desempenho do cordeiro e aceleração na perda de condição corporal da matriz.
A condição exibida no gráfico 3 é referente ao consumo de matéria seca (MS) da ovelha, variando dentro do ciclo de produção. Fica exposto que fornecimento com quantidades fixas de dieta para os animais, limita o consumo fazendo com que a exigência nutricional não seja atendida. É aquela situação onde o cocho amanhece vazio e os animais continuam magros. Por isso é importante adotar tecnologias que possam assessorar o ovinocultor a controlar melhor o fornecimento das dietas, de acordo com a demanda do lote. Isso é possível ser feito, de maneira simples, através da análise de escore de cocho, no artigo sobre confinamento de cordeiros, você vai entender melhor sobre o escore de cocho.
Os exemplos acima se referem a ovelhas, porém o mesmo desafio existe para os cordeiros e cordeiras porque tem uma grande variação nas exigências nutricionais de acordo com o avançar da idade.
Para conseguir atender essa demanda de maneira eficiente, o produtor pode lançar mão de diferentes insumos disponíveis e estratégias de pastagem. Isso vai depender diretamente do sistema de produção empregado (intensivo, semi intensivo ou extensivo).
Outro ponto importante no manejo nutricional é conseguir trabalhar com alimentos que tenham menor custo por kg do nutriente que deseja suprir com o uso do insumo específico. Existem casos onde alimentos que possuem preço mais barato por kg, não necessariamente representam a opção mais vantajosa financeiramente. Porque existem casos onde o custo com o insumo vai diminuir, porém o consumo aumenta e pode até deixar a dieta com um custo maior do que quando se trabalha com alimentos convencionais.
ESCOLHA DOS INSUMOS
O profissional especializado na nutrição animal é o zootecnista, que tem como uma de suas habilidades, a formulação de dietas específicas que tenham a melhor relação custo x produtividade possível. Existem também ferramentas que orientam o profissional e o produtor a fazer a melhor escolha na hora de definir o cardápio a ser servido para o plantel.
Na maleta de ferramentas do OvinoPro, existe o comparador de insumos que consegue ajudar a entender o custo dos insumos e qual deles vai apresentar, de fato, a economia com a nutrição do plantel.
Como exemplo, temos o milho moído (fubá) que costuma ser substituído na dieta pela polpa cítrica, objetivando manter o fornecimento de NDT na dieta com um custo mais baixo por kg.
Sugerindo o valor de R$1,75/kg para o fubá e R$1,65/kg para a polpa cítrica, de bate pronto o que nos leva a entender é a substituição do fubá pela polpa será vantajosa, financeiramente falando. Mas será?
No comparador de insumos, ao informar o insumo e o preço pago por kg, é possível avaliar de maneira profissional e segura qual escolha deve ser feita.
Com um quadro didático, com cores para facilitar o entendimento, é possível avaliar que o principal nutriente a ser substituído (NDT) tem o preço por kg mais caro na polpa cítrica, do que no fubá. Ou seja, se realizar a troca do insumo é necessário aumentar a quantidade fornecida para que a exigência nutricional do animal seja atendida.
É o famoso onde o barato sai caro!
Quer trabalhar de maneira profissional, segura e lucrativa? Vem ser OvinoPro!
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